Faculdades tiveram brincadeiras acompanhadas por pais de 'bixos'.
Bebida alcoólica foi proibida na Poli e na FEA.
Na Faculdade de Medicina, os calouros não foram pintados nem tiveram o cabelo cortado. Na Escola Politécnica (Poli), a festa foi organizada pelos veteranos, mas cada detalhe foi discutido em reuniões com a direção da faculdade. A bebida alcoólica no espaço do evento foi proibida. “Só tem água e refrigerante”, disse Taís Devittz, de 20 anos, vice-presidente da Atlética da Poli, que está no terceiro ano do curso de engenharia civil. Na Faculdade de Direito, no Largo São Francisco, os veteranos levaram os calouros para as ruas do Centro de São Paulo para pedir dinheiro no famoso "pedágio". Houve consumo de bebidas alcoólicas.
Rosana Tofoli levou a filha Mariana para a matrícula na Poli |
Calouro brinca sobre montanha de terra na Poli-USP |
A advogada Lucy Valdrighi, de 47 anos, saiu de Piracicaba para acompanhar a matrícula e comemoração do filho Tiago Abrahão Valdrighi, de 19 anos, que entrou en engenharia mecatrônica. "Estou achando que está uma coisa saudável, que a gente fica meio apreensiva sobre o que ouve falar de trote. Está sendo uma coisa descontraída, divertida", disse.
Tiago Valdrighi, calouro de mecatrônica, foi à matrícula acompanhado da mãe, Lucy |
Calouras da FEA-USP disputam partida de futebol de sabão com bola de rúgbi |
O futebol de sabão também ocorreu na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e era montado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) por volta do meio-dia.
Na FAU, a cerveja fazia parte da festa, mas só para quem queria, segundo integrantes da Atlética, que vendiam kits para os bichos, com revistas, trena, chinelo e outros objetos. “Nunca teve problema. Não obrigamos a tomar. Toma quem quiser”, disse o tesoureiro da Atlética, Douglas Hernandes, de 20 anos, que é aluno do quarto ano de arquitetura.
Bruna Cavani foi à festa da FAU com os pais, Ana Maria e Rubens |
Na FEA-USP, a festa foi acompanhada por pais e professores. "Fomos incumbidos de ajudar no controle, para evitar excessos e garantir a segurança. Só participa quem quer", disse o professor Marcos Cortez Campomar, que assistia calouros servindo de passarela para "bixetes".
Os jovens eram recebidos com tinta, eram molhados com mangueiras e tinham de fazer brincadeiras comandadas pelos veterenos. “O objetivo não é humilhar, é fazer com que se interessem e queiram se integrar”, disse estudante do segundo ano de administração Débora Holschauer, que participa do centro acadêmico.
O grupo de alunos de relações internacionais também brincava atrás do prédio da FEA. “Está legal, divertido. Vim com meu pai e depois ele foi embora”, disse Augusto Malaman, de 18 anos.