Robótica educacional pega carona em sustentabilidade para atrair alunos

Modelos reproduzem hidrelétricas e carros movidos a energia solar.
Brinquedos científicos são opção para escolas e pais de alunos.

Fontes de energia limpa como a hidrelétrica, eólica e solar estão sendo usadas na robótica educacional para introduzir a discussão sobre o meio ambiente nas salas de aula.

Carrinhos movidos a luz e lâmpadas acionadas por hélices ajudam a transmitir aos alunos conhecimentos básicos sobre leis da física.

Na feira Educar 2011, realizada em São Paulo, empresas vendem kits para escolas a partir de R$ 8 mil. O valor inclui material teórico em apostilas e vídeo para que os alunos aprendam conceitos que irão utilizar e peças e material para montagem capazes de atender 20 alunos. A capacitação dos professores custa quase R$ 3 mil em uma das empresas.

Também há brinquedos científicos para escolas e pais. De forma lúdica, trabalham conteúdos de física como torque, eletricidade e magnetismo para crianças a partir de três anos. Os mais baratos custam R$ 50.

A ideia é chamar a atenção do aluno com o tema das energias alternativas para mostrar como elas utilizam princípios da física.

Leon Levi, diretor de uma empresa de robótica educacional, explica que o modelo acionado pelo sopro em um pequeno ventilador nada mais é do que um dínamo que transforma o movimento circular em corrente elétrica.

Segundo ele, a abordagem da energia limpa é usada como gatilho para que o aluno talvez possa, no futuro, desenvolver novas tecnologias. “O pulo do gato, não só na sustentabilidade, mas em todo o resto, está na forma que ele pode utilizar isso para conseguir transformar em tecnologia. A tecnologia nasce a partir da ciência. A criança tem que entender os fundamentos da ciência e entender a diferença entre descobertas científicas”, diz.